Brotas está localizada bem no centro do estado
de São Paulo, no coração de umas das regiões mais desenvolvidas do país, mas
que ainda nos presenteia com suas riquezas e belezas naturais preservadas.
Dotada de uma posição geográfica estratégica e privilegiada, vêm assumindo um
novo caminho e desponta no contexto ecoturístico nacional.
Historicamente sempre ligada à produção rural
e a economia agrícola, teve sua época áurea no princípio de século com a
cultura do café. Por sua vez reúne características bastante significativas no
que se refere a preservação de recursos naturais, pois retém uma grande parcela
de mata nativa, abrigando uma considerável bio diversidade animal e vegetal.
Mas seu maior patrimônio natural consiste no
relevo de modo geral suave, na formação das "Cuestas Basálticas"; e
de seu grande manancialhídrico, destacando-se o Rio Jacaré-Pepira, um dos
poucos rios ainda não poluídos do estado. Essas condições naturais, faz do
município de Brotas, uma das poucas regiões do interior de São Paulo, que ainda
concilia ambiente natural, com os aspectos de uma área, quase toda ocupada pela
atividade rural, garantindo-lhe uma forte beleza paisagística além de
apresentar aspectos culturais típicos da comunidade local.
Brotas, abriga em suas "serras"
várias nascentes e rios encachoeirados, que cortam vales e encostas; concentra
uma enormidade de atrativos turísticos, na sua maioria hídricos (represa,
ribeirões, cachoeiras, corredeiras e nascentes).
Seu potencial natural aliado ao incremento de produtos e serviços turísticos,
confere à região um enorme potencial para o ecoturismo e para o turismo rural.
E hoje já é com certeza, ponto de referência para a prática de esportes de
aventura aquáticos, como: o rafting, o bóia cross, a canoagem e o canyoning.
Hidrografia
Recursos Hidricos:
A rede hidrográfica que atravessa a região da
APA Corumbataí, Botucatu e Tejupá está associada às bacias dos Rios Piracicaba,
Médio Tietê Superior , Baixo Tietê e Paranapanema, constituindo, denso sistema
de drenagem, cujas nascentes estão em áreas de relevo acidentado das cuestas
basálticas. O município pertence ao Comitê da Bacia Hidrográfica Tietê Jacaré (
CBHTJB ).
O Rio Jacaré- Pepira nasce na Serra de São Pedro, no Planalto de Itaqueri, a 900
m de altura e é um dos únicos não poluídos do Estado de São Paulo, formando uma
microbacia de 7.219 km², estendendose por 13 municípios.Área aproximada de
44.40 ha.
Nascem num planalto "caindo" pela face oeste da serra de Brotas, a
montante da cidade de Brotas.
Principalmente o Rio Jacaré Pepira que recebe os córregos Porto do Coqueiro,
Recreio e Ribeirão Recreio (no Município de Brotas com divisa a São Pedro). Na
várzea do rio, recebe o Caçoroba (formado pelo Ribeirão do Pinto, Jerivá e
Pinheirinho). Abaixo deste, ainda pela margem direita ele recebe o Tamanduá
(que vem do alto da serra de Itaqueri e Brotas (ou São Pedro).
A vazão média do Rio Jacaré é de 9m/segundo. Isso tomado na sua cabeceira onde
foi represado pela CESP para produção de energia elétrica (hoje desativada), na
ponte mais baixa.
Principal Rio:
Rio Jacaré Pepira: Um dos poucos ainda não
Poluídos do Estado de São Paulo. A Bacia do rio Jacaré Pepira, localiza-se no
Estado de São Paulo, pertencente à Bacia do rio Paraná e ocupa uma área de 2.612
km2.
O rio Jacaré Pepira nasce próximo à região central do Estado de São Paulo, mais
precisamente nos municípios de São Pedro e Itirapina, na Serra de Itaqueri;
numa altitude de 960m, passa pelos municípios de Brotas, Bocaína, Torrinha,
Ribeirão Bonito, Bariri, Boa Esperança do Sul, Dourado, Jaú, Dois Córregos,
Itaju; e após percorrer um percurso de 174 Km, deságua no rio Tietê, na represa
de Ibitinga. Portanto abrange 13 municípios, numa área de 7.219 Km2.
O rio sofre uma única interrupção no seu curso, o que ocorre após o percurso
inicial de 16 Km, ao atingir a cota de 800m, onde se encontra artificialmente
represado por uma barragem de 10m, atualmente pertencente a FPHESP ( Fundação
do Patrim6onio Histórico das Energias de São Paulo )
Ocupando uma posição central, nas proximidades do rebordo das escarpas das
"Cuestas Basálticas" e, portanto apresentando altitudes que no
conjunto constituem o alinhamento da Serra Geral, a região possui
características climáticas peculiares. E de acordo a formação de seu relevo
originou-se uma série de rápidas corredeiras e mesmo quedas d'água.
O rio Jacaré Pepira, um dos afluentes do Tietê em melhores condições, apresenta
grande parte de sua extensão preservada, o que justifica todo um esforço da
sociedade e do poder público para a sua preservação. O rio foi e é objeto de
vários estudos na área de meio ambiente, e já sediou um importante projeto do
"Consórcio Intermunicipal de Preservação da Bacia do rio Jacaré Pepira;
uma experiência piloto, que teve a iniciativa do CONDEMA de Brotas em meados da
década de 80.
A comunidade sempre teve laços afetivos e históricos com o rio, principalmente
em Brotas, onde ele cruza o perímetro urbano, formando várias quedas; conhecido
como "Parque dos Saltos". E hoje o Ecoturismo é mais uma importante
alternativa que veio agregar valores para a preservação ambiental.
Nome: Rio Jacaré Pepira:
Após pesquisas em livros da Língua indígena,
chegamos à conclusão que o nome do Rio Jacaré Pepira é de origem TUPI-GUARANI.
Aliás, a palavra JACARÉ é de origem TUPI. Segundo o Prof. Silveira Bueno, a
grafia da palavra era "YACARÉ", que significa "aquele que olha
de lado, aquele que é torto."
Já para a palavra PEPIRA, tem duas versões:
a primeira seria que a palavra PEPIRA originou-se, através dos anos, da palavra
''PEPIRA''. E assim teríamos: ''YA-CARÉ PEPIRA''; O jacaré esfolado ou
descascado. Seria mais coerente aceitar essa origem, levando-se em consideração
o curso do rio ( é inegavelmente torto) e, fundamentalmente, que lá existem
muitas pedras. Daí falar-se em "esfolado" ou "descascado".
Existe outra palavra TUPI de grafia ''PEPYRA'', cuja significação diz respeito
à envergadura ou, também, festa ou festim. Essa última versão não é coerente.
''YA-CARÉ'' já traz em si a idéia de envergadura. Os índios nunca usavam duas
palavras para dizer a mesma coisa. Quanto à festa, não parece ser essa idéia
que os índios gostariam de frisar, embora as quedas do Jacaré Pepira sejam,
realmente, uma grande festa da natureza.
Aspectos Geo-Físicos
Localização:
Sudeste do Brasil, região central do Estado de
São Paulo. À noroeste da capital. Próxima às cidades de São Carlos, Piracicaba,
Rio Claro e Jaú.
Distâncias:
SÃO PAULO - 235 KM
SÃO CARLOS - 65 KM
CAMPINAS - 140 KM
JAÚ - 54 KM
JUNDIAÍ - 185 KM
RIO CLARO - 70 KM
RIBEIRÃO PRETO - 150
KM SÃO PEDRO - 80 KM
BAURU - 105 KM
BARRA BONITA - 63 KM
PIRACICABA: 110 KM
Brotas faz divisa com os seguintes municípios:
ao Norte - 36 km, Ribeirão Bonito
ao Noroeste - 40 km, Dourado
ao Nordeste - 64 km, São Carlos
ao Sul - 18 km, Torrinha
ao Sudeste - 55 km, São Pedro
ao Leste - 31 km, Itirapina
ao Oeste - 37 km, Dois Córregos
Sistema Viário:
Brotas estando localizada no Centro do Estado
(235 Km da Capital), está muito bem servida de Rodovias, tais como:
Bandeirantes - SP 348
Anhangüera - SP 330
Whashington Luís - SP 310
Eng. Paulo Nilo Romano - SP 225 / SP 197
É seguida pelas Companhias de Transportes: Via Sol, Expresso Prata, Reunidas,
Monte Alegre. Dispõe de uma boa Estação Rodoviária: (14) 3653.1538
Rodoviário:
Via São Paulo: Saída pela Rod. dos
Bandeirantes seguir até Cordeirópolis - Km 168, entrar à direita na Rodovia
Washington Luis (sentido São Carlos/São José do Rio Preto).
Seguir pela Rod. Washington Luis até o KM 206B, entrar à direita (seguir placas
Jaú/Brotas) pela SP 225 ou Rod. Paulo Nilo Romano.
Seguir 40 Km até a entrada de Brotas. (Tempo aproximado de viagem 2:30h)
Até o Bairro do Patrimônio:
Vindo da SP 225, Itirapina - Brotas, entrar à
esquerda no trevo que fica à 4 Km antes da entrada de Brotas. Pegar a SP 197 (
seguir placa Torrinha/ Sta. Maria da Serra ) andar 5 Km, entrar à esquerda no
trevo para o patrimônio ( ver placas - Represa, Cachoeiras,...) e pegar a
estrada vicinal que vai para o Patrimônio. Seguir 18 Km até a chegada do
bairro.
Estação Ferroviária:
Desativada para pessoas. Funcionamento para
transportes de produtos.
Alguns Aspectos:
TEMPERATURA MÉDIA ANUAL: 22º C
CLIMA: Tropical
ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO ANUAL: 1.300 a 1.400 mm
ÁREA DO MUNICÍPIO: 108 ha ou 1.062 Km2
Coordenadas Geográficas
altitude - 636,30 m
latitude - 22º 17' 12"
longitude - 48º 07' 35"
Tipos de solo:
Solo Hidromórfico e Terra Roxa Estruturada: 1%
Latossolo Roxo: 3%
Latossolo Vermelho Escuro: 6%
Areia Quartzosa: 40%
Latossolo Vermelho Amarelo (fase arenosa): 50%
Tipos de Rochas:
Basaltos e Arenitos
Geomorfologia:
Cuestas Basálticas
Relevo:
vai de plano a ondulado
Vegetação:
Remanescentes de cobertura vegetal primitiva
da floresta tropical -"Mata Atlântica, principalmente no front das
"Cuestas", incluindo alguns encraves de cerrado e campo
POPULAÇÃO:
21.184 Habitantes - Urbana: 18 094 - Rural: 3
093
Aspectos Históricos
Por volta de 1839, foi construída uma capela
dando origem à primitiva povoação local. O território inicialmente, pertencia à
sesmarias da região de Araraquara e era cortado pelas trilhas de expansão de
Minas para o interior do Estado.
Os primeiros a se fixarem na região foram famílias mineiras "Gente que
estava apenas abandonando o sonho das minas para substituí-lo pelo sonho da
permanência, do plantio, da fixação à terra"- BUSSAB (1992).
Brotas tornou-se distrito de Araraquara em 1841, sendo em 1853 transferido para
Rio Claro e tornou-se município em 22 de agosto de 1859. O aniversário da
cidade é comemorado no dia 03 de maio, por ocasião de uma antiga comemoração
católica, a de Santa Cruz.
Brotas teve sua fase de maior desenvolvimento,
na década de vinte e trinta, época da expansão do café para o interior
paulista. Viveu em função desta atividade econômica até sua crise definitiva. É
marcante a presença de imigrantes italianos e seus descendentes que tiveram
influência nos rumos políticos da cidade. A crise do café trouxe um período de
estagnação econômica ao município que na época perdeu população para os grandes
centros urbanos. A taxa anual de crescimento da população tornou-se positiva à
partir da década de oitenta.
Atualmente, o município ainda possui uma
economia predominantemente agrícola, onde destaca-se também a agroindústria da
cana, que hoje gera a maior parte da mão-de-obra.
Considerando-se a tradição agropecuária e os recursos naturais do município,
cachoeiras, matas preservadas e serras, a atual administração municipal junto
com a população tem desenvolvido uma economia turística, com base no ecoturismo
(turismo rural, turismo aventura, como caminhadas, esportes de aventura e
várias atividades praticadas junto à natureza), que visa uma alternativa de
desenvolvimento sustentável para o município.
O Nome: Brotas
A origem do nome BROTAS recebe quatro
hipóteses:
Brotas de olho d' água; Brotas de broto de capim (mato que brotava após
pousadas de trilheiros); Brotas como derivativo de "bolotas" (bolos
característicos fabricados no lugar); a quarta e mais provável, vem das origens
da fundadora de Brotas. Sendo Dona Francisca Ribeiro dos Reis descendente de
portugueses católicos e devota de Nossa Senhora das Brotas, teria prestado uma
homenagem à Santa, dando seu nome à cidade. Na Capela de Santa Cruz existe uma
imagem do século XIX da referida Santa.
Aspectos Culturais
Embora os atrativos naturais sejam o grande
diferencial de Brotas, a cidade possui monumentos históricos que estão na sua
totalidade, ligados ao período em que a cidade foi um dos grandes produtores de
café.
Na zona rural encontram-se sedes de fazendas com até 150 anos e na cidade conta
com casarões antigos com expressiva arquitetura de época.
A cultura popular, está contida na típica rotina interiorana. A gastronomia tem
como destaque a culinária caipira, cujo principal atrativo é o fogão a lenha
utilizado até hoje por grande parcela da população rural. O artesanato conta
com produtos como bordados e alimentos, como: doces caseiros, licores, queijo,
mel, pinga, etc.
Centro Cultural Grêmio Literário e Recreativo Brotense:
O atual conjunto do "Centro
Cultural" tem sua origem em um dos casarões do século XIX, uma das
testemunhas silenciosas do passado cafeeiro da cidade. Foi ponto de encontro da
elite, palco de saraus literários e apresentações musicais. Hoje recuperado,
reúne a biblioteca pública, o arquivo histórico, o museu do café e o salão de
eventos para shows e manifestações artísticas e culturais.
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